Aula - Pensamento e Sintonia

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Introdução

Tempo: 5 min.

Perguntar aos Evangelizandos o que entendem por pensamento e por sintonia. O que sabem sobre isto? Qual a importância no dia a dia? Qual a importância na Doutrina Espírita?

Considerando a aula anterior – Espírito, perispírito e corpo – quem ou o que pensa? Espírito, corpo, perispírito? Mente ou cérebro?


Atividade 1: Pensamento

Tempo: 20 min.

O pensamento é exteriorização da mente, que independe da matéria e por sua vez é originada no Espírito. Portanto, encarnados e desencarnados pensam.

O Espírito possui a faculdade mental que expressa o pensamento em todas as direções, utilizando-se do cérebro humano para comunicar suas idéias com as demais pessoas. Exemplo das ondas de um lago quando cai um objeto em sua superfície. Que outros tipos de onda você conhece?

Utilizar um rádio para demonstrar o alcance das ondas de pensamento.

Utilizar uma corda para demonstrar as propriedades ( entre outras ) de uma onda de pensamento: frequência, amplitude, energia aplicada, deslocamento no espaço e no tempo, direção, sentido. Observar que quanto mais elevado o Espírito, mais energia contém a onda mental e maior freqüência possui a onda.

O pensamento é um condutor de energias positivas e negativas. Todo pensamento emitido é uma força criadora e modeladora, pois cria imagens mentais que são vistas pelos Espíritos desencarnados. Dar exemplo de quadros mentais quando ouvimos uma história ou uma notícia no rádio.

Através do pensamento, os Espíritos podem manipular o ambiente à sua volta e criar o que for de sua vontade, pois o perispírito possui plasticidade.


Atividade 2: Sintonia

Tempo: 15 min.

O pensamento é um meio de sintonia entre os espíritos encarnados e desencarnados. Atraímos Espíritos que se identificam com nossas idéias.

Dar exemplo de um estádio de futebol – quem será atraído por ele? Somente vai a um estádio de futebol quem gosta de futebol.

Exemplificar com o rádio, através da mudança de estação, os mecanismos de sintonia e interferência.

Esses pensamentos emitem fluidos que impregnam, com sua própria composição positiva ou negativa, os ambientes e a própria pessoa que pensa. Esta por sua vez pode influenciar pessoas, animais, plantas, etc. Por isso devemos tomar cuidado com o que pensamos e com os lugares que frequentamos.


Atividade 3: Higiene mental

Tempo: 10 min.

O pensamento é energia que se exterioriza e cria sintonia com outras mentes, sejam encarnadas ou desencarnadas. Podem ser também fontes geradoras de desequilíbrios, doenças e acontecimentos negativos.

Higiene mental é cuidar dos pensamentos que temos, avaliando os tipos de pensamentos que temos, qual seu tipo de energia, se positiva ( proporcionando equilíbrio, paz, saúde, amor ), ou negativa ( estimulando o egoísmo, a falta de fé, a avareza, a doença do corpo e o desequilíbrio do ambiente ) para fazermos a escolha pelo pensamento elevado e construtivo.

Em que situações nos defrontamos com escolhas sobre nossos pensamentos e nossas sintonias? Pressentimento, intuição; prece, Evangelho no Lar, passe; espírito protetor, obsessor; templo, cemitério, hospital, natureza; doença, stress, etc...


Conclusão

Tempo: 5 min.

Disciplinar e edificar o pensamento através da fixação da mente em idéias superiores da vida, do amor, da arte elevada, do bem, da imortalidade, constitui objetivo moral da reencarnação, de modo que a plenitude, a felicidade sejam a conquista a ser lograda.

Pensar bem é fator de vida que propicia o desenvolvimento e a conquista da Vida.

Questionar a turma, que deverá acertar 80% das questões:
• O que é pensamento e como funciona?
• Quem emite pensamentos?
• O que é sintonia de pensamento?
• Cite alguns exemplos de sintonia.
• Como devemos agir em relação a nossos pensamentos e nossas sintonias no dia-a-dia?


Atividade Extra: Jornal Mundo Espírita

Tempo: 20 min.

Distribuir exemplares do Jornal deste mês para a turma e pedir que leiam o que mais lhes interessarem por 10 minutos. Nos 10 minutos seguintes, discutir os artigos mais interessantes, na opinião deles.


Fontes de Pesquisa:
1. FEESP. Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos. In: ___. Brincando e Aprendendo Espiritismo, vol. II. 3. ed. São Paulo / SP: Edições FEESP, 2002. Cap. 14.


Fontes de Pesquisa e Recursos Utilizados por Atividade:
Atividade 1: [1], corda, rádio
Atividade 2: Rádio

Aula – Espírito, Perispírito e Corpo Físico

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Atividade 1:

Interação da turma com um fantoche – apresentá-lo a todos, fazer algumas brincadeiras e depois deixá-lo inerte sobre a mesa.

Dialogar com as crianças sobre o que aconteceu com o fantoche, levando-os a pensar na diferença entre o Corpo Físico e o Espírito. Falar a eles sobre a existência do Perispírito.


Exposição: Espírito, Perispírito e Corpo Físico

Corpo Físico: é o recipiente, a casca que abriga dentro de si o Perispírito e o Espírito. Quando o corpo morre, se rompem os laços que o prendem ao Espírito, e o Espírito abandona o corpo. O corpo, sem o Espírito, seria simples massa de carne sem inteligência. (L.E. questão 136, a e b)

O Corpo Físico é o reflexo do corpo espiritual, e este "retrata em si mesmo o corpo mental que lhe preside a formação" (André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, Cap. II, pág. 24). O corpo do homem é um organismo aperfeiçoado através de longa evolução. Seus órgãos foram adaptados, para executarem tarefas que só competem à espécie humana. Essa evolução não se fez ao acaso, nem só pelas leis biológicas, mas obedecendo a uma orientação do plano maior. Assim, o encarnado possui todas as possibilidades de atuação no seu Corpo Físico.

No Corpo Físico atuam, desde seus próprios atos reflexos, até os processos intelectuais. O Espírito está em constante interação com o Corpo Físico, e recebe através dele as mais variadas impressões, pelos órgãos dos sentidos.

Espírito: Antes de se unir ao corpo, a Alma/Espírito é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, e que temporariamente habitam um Corpo Físico para se purificarem e se esclarecerem. (L.E. pergunta 134, b)

O Livro dos Espíritos define os Espíritos como sendo "os seres inteligentes da criação" (L.E., Livro II, Cap. l, perg. 76), que "são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material" (L.E., Livro II, cap. l, perg. 79), e que são criados por Deus permanentemente, sem forma definida, para os encarnados, que se apresentam ao mundo espiritual como "uma chama, um clarão ou uma centelha etérea" (L.E., Livro II, Cap. l, perg. 88). Todos são criados iguais e dotados de faculdades a serem desenvolvidas através das experiências reencarnatórias, que levam ao progresso da Humanidade.

Perispírito: o espírito, após desencarnado, continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera de seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito. (L.E. questão 150, a).

Como corpo fluídico dos Espíritos, é o laço que prende a alma ao corpo, envoltório formado de fluidos ambientes. Afirma Kardec (GE., Cap. XIV, itens 7 e 8) que o "corpo fluídico dos Espíritos é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico" e diz que o Corpo Físico também dele se origina, apenas que mais condensado e transformado em matéria tangível.

A função do Perispírito, como laço fluídico, é ligar, na encarnação, o Espírito ao Corpo Físico. Durante o processo reencarnatório, à medida que o novo corpo vai se formando, a união com o perispírito ocorre molécula a molécula, célula a célula. Na morte deste, quando deixa de absorver o fluido vital, desfaz-se essa união. Assim, conclui Kardec, "não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo, mas a morte do corpo que causa a partida do Espírito" (GE., Cap. XI, item 18).


Interação entre corpo físico, espírito e perispírito

O Espírito necessita de mecanismos para desenvolver-se. Um deles é o corpo físico. O Espírito encarna no corpo para expiar as falhas passadas e evoluir por intermédio do aprendizado constante. Para que o Espírito possa atuar no Corpo Físico é necessária a intermediação do Perispírito.

O Perispírito recebe todas as influências, sensações e experiências do corpo e as registra, repassando-as para o Espírito. O Espírito também recebe as informações, registra-as e repassa para o Corpo Físico.

Todos os estímulos recebidos pelo Corpo Físico são encaminhados ao Perispírito/Corpo Espiritual e conseqüentemente ao Espírito, e vice-versa.


Estímulo => Corpo Físico => Períspirito => Espírito

Resposta <= Corpo Físico <= Perispírito <= Espírito


Assim é que, se a pessoa não cuida bem de seu organismo/Corpo físico e permite que ele sofra por isso (por exemplo, se expondo ao frio sem calçados, andando mal agasalhada, não escovando os dentes, comendo alimentos que lhe fazem mal, não descansando o suficiente ou fazendo atividades físicas exageradas), tudo isso vai afetar o seu Corpo Físico, o seu Perispírito e com isso também o seu Espírito. Isso também acontece a nível mental. As projeções mentais, os pensamentos que se tem afetam o Corpo Físico, o Perispírito e o Espírito. Segundo Joanna de Angelis, “graças ao teor vibratório de cada emissão pensante, a carga estimula a consciência celular que se sente mais fortalecida, gerando saúde, ou se desarmoniza, produzindo doença.” Joanna acrescenta, ainda, que “a sementeira do ódio, do ciúme, da inveja, da ira e de outros anestésicos do Espírito...” contaminam não apenas o Espírito, mas também o Corpo Físico da pessoa que permitiu e se deixou levar por esses sentimentos. Por contaminarem o Espírito, essas condutas “transferem-se de uma para outra existência”. Para a cura deste tipo de enfermidade da alma cada pessoa deverá promover a “transformação estrutural do pensamento”, direcionando-o para o equilíbrio e a harmonia.


Atividade 2: Recorte/Colagem/Desenho

Os alunos serão convidados a formarem 3 ou 4 pequenos grupos (dependendo do número de Evangelizandos presentes) que terão 10 minutos para fazer, com os materiais recebidos, representações de corpos físicos, perispíritos e espíritos. Depois disso, deverão apresentar aos colegas e explicar a representação e a forma como ocorre a comunicação entre eles.

Atividade 3: Leitura do jornal Mundo Espírita


Bibliografia sugerida:
01 – ÂNGELIS, Joanna de (Espírito). Dias Gloriosos. (Psicografado por Divaldo Pereira Franco). 4ª. Ed. Salvador: Livraria Espírita Alvorada, 1999. cap. 5 e 6.
02 - D’ASSUMPÇÃO, Gislaine Maria. Pingo de luz: de volta à casa do pai. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 43 p.
03 - KARDEC, Allan. Sede perfeitos. In: ___. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 107. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1993. cap. XVII, item 11.
04 - _______________. Gênese espiritual. In: ___. A Gênese. 37. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1996. cap. XI, itens 10 a 14, 17 e18.
05 - _______________. Dos Espíritos. In: ___. O Livro dos Espíritos. 79. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1997. pt. 2, cap. I, pergs. 76 a 95.
06 - ______________. Os fluidos. Op. cit. cap. XIV, itens 7 a 9

Aula - Deus

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Atividade 1:

DVD – Momento Espírita vol. 1 – Redescobrindo Deus (5ª faixa)

Dialogar com as crianças sobre o filme.


Desenvolvimento: Exposição

O que é Deus? Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. (L.E)

Tudo tem uma causa, um autor – Deus é o criador de tudo! Só Deus cria a vida.

Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe. O Espírito é o princípio inteligente do Universo. A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.

Há dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito; e acima de tudo, Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal.

A razão nos diz ser impossível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.

Todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente. Do poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primaria é conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa a avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. A existência de Deus é , pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos.

Atividade 2: Leitura do poema "Resposta de Mãe"

- Minha mãe, onde está Deus?
- Ora esta, minha filha,
Deus está na luz que brilha
Sobre a Terra, pelos Céus.

Permanece na alvorada,
No vento que embala os ninhos,
No canto dos passarinhos,
Na meiga rosa orvalhada.

Respira na água cantante
Da fonte que se desata,
No luar de leite e prata,
Está na estrela distante...

Vive no vale e na serra,
Onde mais? Como explicar-te?
Deus existe em toda a parte,
Em todo lugar da Terra...

- Ó mamãe! Como senti-lo,
Bondoso, sublime e forte?
Será preciso que a morte
Nos conduza ao céu tranqüilo?

- Não, filhinha! ouve a lição,
Guarda a fé com que te falo,
Só podemos encontrá-lo
No templo do coração.

João de Deus

Livro “Jardim da Infância” de Francisco Cândido Xavier

  

É a via do sentimento para compreender Deus.

Atividade 3: Atributos de Deus

Os atributos de Deus são:

• Eterno : não teve início e não terá fim.
• Único: Não a outro como ele.
• Imutável: não se modifica.
• Imaterial: sua natureza é diferente de tudo que conhecemos. Se fosse material estaria sujeito a mudanças.
• Onipotente: tudo pode, já que é criador tem inteiro poder sobre a criação.
• Bom: ama todas as criaturas com o mesmo amor.
• Justo: Todos somos iguais diante de Deus.

Atividade 4: Provas da existência de Deus - Dramatização

Não podemos vê-Lo, mas podemos sentir Sua presença em toda a parte: Sol, céu, nas estrelas, vida, chuva....

Dividir os evangelizandos em 3 grupos, conforme o número de alunos. Pedir a cada grupo que dramatize a estória.

EXISTÊNCIA DE DEUS

Narrador: Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

Chefe ( admirado ):  Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

Servo: Grande Senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

Chefe ( admirado ): Como assim?

Servo ( humildemente ): Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como sabe quem a escreveu?

Chefe: Pela letra.

Servo: Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

Chefe: Pela marca do ourives.

Servo ( sorrindo ): Quando ouve passos ao redor da tenda, como sabe, depois, que animal era?

Chefe ( surpreendido ): Pelos rastos.

Servo: Senhor, vamos lá para fora da tenda, pois quero lhe mostrar uma coisa...

Servo: Senhor, veja este céu formoso, onde brilha a Lua, cercada por multidões de estrelas... Estes sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Narrador: Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Baseado em “Pai Nosso” de Meimei/Francisco Cândido Xavier

 
Conclusão: 

Questionar a turma:

•  Que é Deus ?
•  Seus atributos e as provas de sua existência.

 Bibliografia Sugerida:
01 – KARDEC, Allan. Deus. In:__. A Gênese. 37. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1996. cap. II, itens 1 a 19.
02 - _____. De Deus. In:__. O livro dos espíritos. 79. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1997. PT.1, cap. I, pergs. 1 a 9.
03 - _____. Doa elementos gerais do Universo. In:__. O livro dos espíritos. 79. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1997. PT. 1, cap. II, pergs. 21 a 28.
04 - _____. Da criação. In:__. O livro dos espíritos. 79. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1997. PT. 1, cap. III, perg. 37.
05 - _____. Há muitas moradas na casa de meu Pai. In:__. O evangelho segundo o espiritismo. 107. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1993. cap. III, item 2.